sábado, 27 de dezembro de 2008

Em prol da família



Amanhã, 28-12-2008, Festa da Sagrada Família, realizar-se-á na Praça de Colón em Madri, Espanha uma nova Jornada pela Família Cristã, repetindo a que ocorreu no final do ano passado. No site Camineo.info encontrei a seguinte entrevista de Kiko Argüello sobre este tema, que traduzi para o português:

LAURA DANIELE 22-12-2008
ABC.

-Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, foi um dos principais impulsores da Jornada pela Família Cristã, que este ano será celebrada através de uma solena Eucaristia, no próximo Domingo, 28 de dezembro, na Praça de Colón em Madri, em razão da festividade da Sagrada Família. Em uma entrevista concedida a ABC, Argüello comenta que com esta iniciativa a Igreja pretende "animar a todos os cristãos a tomar consciência de que a família é o bastião fundamental da sociedade" e que "não apenas a ação política ou social" pode ajudar a melhorar a atual situação que atravessa esta instituição na Espanha, senão também "a celebração da Eucaristia e a oração".


-Como surgiu a iniciativa de repetir este ano o encontro das famílias cristãs em Madri?


-O futuro da Humanidade passa pela família. Esta frase a disse João Paulo II na praça de Lima, em sua primeira visita à Espanha. Assim podemos dizer que o futuro da sociedade espanhola passa pela família cristã. Por isto, depois do "Family Day" da Itália e do encontro em Madri há um ano trás, pensou-se apoiá-lo de novo, já que muitas famílias estão rodeadas de gente que se divorcia; o homem é um ser social que imita o que sucede ao seu redor. Trata-se de animar aos cristãos, dizendo-lhes que nem todo mundo se divorcia, que a família cristã é um bastião fundamental da sociedade nova que foi fundada no cristianismo por Jesus Cristo: que com sua morte e ressurreição nos salvou do inferno e da morte. É preciso gritar desde a Igreja, desde as comunidades cristãs, e, sobretudo, desde a família, que a morte foi vencida pela vitória.

-Por que se decidiu mudar o formato do encontro?


-Pensou-se em celebrar uma Eucatiristia para pedir à Sagrada Família de Nazaré que ajude à Espanha, também para rezar por todas as famílias. Pois não se trata somente de uma ação política ou social, senão que é preciso pedir a Deus, todos juntos, que ajude à família, já que nos julgamos o futuro da Espanha, o futuro da Europa e o futuro da humanidade. Isto o sabe muito bem Bento XVI. Por isto nos dirigirá umas palavras de apoio.


-A festividade que se celebrará no Domingo sempre passou um pouco despercebida.


A festa da Sagrada Família de Nazaré passa despercebida porque se encontra entre duas festas muito importante, o Natal e o Ano Novo. Por isto, é necessário dar-lhe a relevância que merece porque a ameaça maior que existe hoje na sociedade européia é contra a família. Porque se se destrói e se modifica a família se destrói e se modifica a sociedade. Assim pois, destruindo a família a sociedade fica à deriva, sobretudo os jovens ficam à deriva de si mesmos. Estes dias o Papa falou que no Natal se dão dois caminhos: por um lado, o dramatismo da história em que todo homem, ferido pelo pecado, está sempre buscando a felicidade e um sentido satisfatório da vida e da morte. Por outro, o amor de Deus, que sai ao encontro do homem para comunicar-lhe Jesus Cristo, a Verdade que salva.

-Que expectativas tem vocês com este segundo encontro?


-Estamos convencidos de que será muito importante. É fundamental que a Conferência Episcopal Espanhola haja apoiado este encontro, que os bispos estejam de acordo em que é preciso apoiar a família cristã, que sua essência leva consigo o anúncio da vitória sobre a morte.


-Que missão tem uma família cristã em relação a seus filhos? Existe uma proposta cultural "anti-família"?


-A família cristã transmite a fé aos filhos e os aceita como um dom de Deus. Os bens da família são sem dúvida imensos e isto o sabe muito bem o demônio, que intenta por todos os meios destruí-la com a cultura que nos rodeia, que vai contra a família cujo amor central é indissolúvel e eterno. Por exemplo, todos os meios de comunicação, a televisão, os filmes, fazem com que a família esteja acossada por uma realidade social que a rodeia. Há um conceito do amor que é falso, o amor como um hedonismo sem sofrimento. Por isto querem tirar o crucifixo. Mas Deus mostrou em Jesus Cristo a grande notícia de que o Espírito Santo disse aos Apóstolos em Pentecostes que este Homem ao qual haviam crucificado era Deus. Cristo crucificado é a única Verdade.


-Como animaria aos que ainda hesitam em comparecer à Praça de Colón no dia 28?


-Que é preciso comparecer para apoiar a família porque nos julgamos o futuro de uma sociedade melhor, para os jovens, para nossos filhos, para os anciãos. Uma sociedade onde não há família é uma sociedade de gente só. Alcoolismo, suicídios, eutanásia, droga, abortos, delinqüência, etc. É esta a única sociedade? É preciso dizer não, pois Cristo ressuscitou e está vivo em sua Igreja. Hoje é urgente evangelizar, abrir a iniciação cristã nas paróquias, ajudar às famílias. Nos divorciamos porque não somos cristãos. Não somos cristãos porque não estamos evangelizados.

No site Camina Y Ven encontrei também a seguinte reportagem sobre este encontro:

(Belén Manrique - LA RAZÓN ) -"É preciso rezar pela família na Espanha": este é o principal motivo pelo qual milhares de famílias cristãs, precedentes de toda a Espanha, acudirão à praça de Colón de Madri, no próximo Domingo 28, para participar da Eucaristia convocada pelo cardeal Rouco Varela.


É o caso de José Luis e Rut, um casal de Saragoça pertencente ao Caminho Neocatecumenal que comparecerá com seus cinco filhos.


Assistir ao encontro em Madri lhes supõe um grande sacrifício, tanto físico como econômico: serão gastos mais de 400 euros entre o transporte (viajarão em AVE) e o alojamento (no hotel mais barato da cidade). Mas o esforço vale a pena, porque "é preciso rezar pela situação da família na Espanha, apoiá-la e dar testemunho de que Deus nos está ajudando". José Luis assegura que "nós temos a sorte de conhecer a Deus e, por este motivo, queremos transmitir a fé a nossos filhos". E que melhor momento para fazê-lo do que levá-los à eucaristia em Colón, na qual seus filhos, apesar de sua pouca idade (o menor tem apenas um ano), se verão rodeados de milhares de crianças que, como eles, nasceram no seio de uma família cristã.


Com eles também estarão os três filhos de Luis e Teresa Crespí, que comparecerão à missa porque "o pede o cardeal Rouco e é muito bonito manifestar o sacramento da eucaristia no meio da rua". Ademais, crêem que este encontro servirá para "sentir a comunhão da Igreja e como sinal para a sociedade de nossa forma de entender a família". São madrilenhos mas passaram suas férias de Natal em Barcelona, uns dias de descanso que este ano se verão recortados, já que retornarão antes do previsto para poder assistir à Eucaristia em Colón. Juntamente com outras famílias de sua paróquia, a de São José de Madri, Luis e Teresa percorreram as cidades da serra madrilenha para anunciar o encontro a todos os fiéis que assistem às missas dominicais. Uma experiência muito grata, já que os fiéis se sentiram muito agradecidos por sua visita e animados a comparecer à Eucaristia pela família. Um anúncio que repetiram outras muitas famílias da Espanha.

sábado, 20 de dezembro de 2008

O Homem que não Dorme



Poema de Charles Péguy, poeta francês (1873-1914):

Não me agrada o homem que não dorme
e que arde em sua cama de preocupação e febre

Não me agrada o homem que ao se deitar
faz planos para o dia seguinte,
o tonto!

Sabe ele por acaso
como se apresentará o dia seguinte?
Sabe sequer a cor do tempo que vai fazer?
Faria melhor em rezar.

Porque eu nunca neguei o pão de cada dia
ao que se abandona em minhas mãos
como o bastão na mão do caminhante

Me agrada o que se abandona em meus braços
como um bebê que ri
e que não se preocupa com nada
e vê o mundo através dos olhos de sua mãe.

Mas o que se põe a fazer cavilações
para o dia de amanhã,
este trabalha como um mercenário,
trabalha terrivelmente como um escravo
que dá voltas a uma roda sem fim
e -- isto entre nós -- é um imbecil.

E até me disseram que existem homens
que trabalham bem
e dormem mal,
que não dormem nada.
Que falta de confiança em mim!

Isto é quase mais grave do que se trabalhassem mal
e dormissem bem,
porque a preguiça
é um pecado menor do que a inquietude, do que a desesperação
e do que a falta de confiança em mim.

Governam muito bem durante o dia
os assuntos do dia e depois não se atrevem
a confiá-los a mim durante a noite.

O que não dorme de preocupação
é infiel à Esperança,
e esta é a pior infidelidade.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Redescobrindo o próprio batismo

No dia 29 de outubro de 2006 estávamos nós, as 1ªs comunidades das paróquias Imaculada Conceição em Caconde, Santa Isabel em São Carlos, e Santa Margarida Maria em São Paulo, na Praça de São Pedro, onde ouvimos o discurso do Ângelus de Bento XVI. Por misericórdia de Deus, seu discurso parecia dirigido especialmente a nós, de tal forma recordava o que estávamos lá vivendo e testemunhando, de tantos anos vividos no Caminho Neocatecumenal.

O Papa comentou o encontro do cego Bartimeu com Jesus Cristo:

No Evangelho deste Domingo (Mc 10, 46-52) lemos que, enquanto o Senhor passa pelas estradas de Jericó, um cego chamado Bartimeu se dirige a Ele gritando: "Filho de David, Jesus, tende piedade de mim!". Esta oração comove o coração de Cristo, que pára, o manda chamar e o cura.

O momento decisivo foi o encontro pessoal, directo, entre o Senhor e aquele homem que sofre. Encontram-se um diante do outro: Deus com a sua vontade de curar e o homem com o seu desejo de ser curado. Duas liberdades, duas vontades convergentes: "Que queres que Eu te faça?", pergunta o Senhor. "Que eu recupere a vista!", responde o cego. "Vai, a tua fé te salvou". Com estas palavras realiza-se o milagre. Alegria de Deus, alegria do homem. E Bartimeu, vindo à luz narra o Evangelho "começou a segui-lo no seu caminho": isto é, torna-se um discípulo e sobe com o Mestre a Jerusalém, para participar com Ele no grande mistério da salvação. Esta narração, na essência da sua sucessão, recorda o itinerário do catecúmeno rumo ao Sacramento do Baptismo, que na Igreja era também chamado "iluminação".

Depois, Bento XVI referiu às novas propostas de evangelização para adultos:

A fé é um caminho de iluminação: parte da humildade de se reconhecer necessitados de salvação e chega ao encontro pessoal com Cristo, que chama a segui-l'O pelo caminho do amor. Sobre este modelo se orientam na Igreja os itinerários de iniciação cristã, que preparam para os sacramentos do Baptismo, da Confirmação (ou Crisma) e da Eucaristia. Nos lugares de antiga evangelização, onde está difundido o Baptismo das crianças, são propostas aos jovens e aos adultos experiências de catequese e de espiritualidade que permitem percorrer um caminho de redescoberta da fé de maneira madura e consciente, para assumir depois um coerente compromisso de testemunho.

Como é importante o trabalho que os Pastores e os catequistas realizam neste campo! A redescoberta do valor do próprio Baptismo está na base do compromisso missionário de cada cristão, porque vemos no Evangelho que quem se deixa fascinar por Cristo não pode viver sem dar testemunho da alegria de seguir os seus passos. Neste mês de Outubro, compreendemos ainda mais que, precisamente em virtude do Baptismo, possuímos uma vocação missionária conatural.

Ao final do Ângelus, o Papa dirigiu-nos uma saudação especial:

Uma saudação afectuosa aos grupos brasileiros das paróquias Imaculada Conceição em Caconde, Santa Isabel em São Carlos, e Santa Margarida Maria em São Paulo, e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, a benevolência divina: deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo!




sábado, 13 de dezembro de 2008

Um trabalho em andamento (III)



Graças ao Senhor! Praça de São Pedro - Roma

Esta foto foi tirada em Roma, no interior do ônibus, quando nos dirigíamos à Praça de São Pedro, onde assistiríamos ao Ângelus com Bento XVI, dia 29-10-2006.

Foi uma manhã maravilhosa e ensolarada, que fazia resplandecer mais forte a beleza do Vaticano e da Praça de São Pedro. Todos nos alegramos, tiramos fotos, etc... Foi um momento de júbilo, em que se fizeram presentes todos estes anos de Caminho Neocatecumenal, com suas alegrias e tristezas compartilhadas, vitórias e sofrimentos.

Chegar até lá foi realmente um dom de Deus, que tantas vezes abriu o Mar Vermelho diante de nós, fazendo com que vencêssemos o medo da morte e do sofrimento, que nos abríssemos à vida, libertando-nos tantas vezes do nosso egoísmo.

Com fotos tiradas neste dia, fiz um vídeo, tendo com fundo musical o canto Graças a Iahweh! - Sl 136 (135).


Para saber mais sobre esta série, clicar aqui.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Construindo (e Reconstruindo) a Igreja (IV)

A primeira mensagem é a da unidade e universalidade, a qual deriva do Evangelho que aqui nos impressionou. Quantas coisas tal mensagem nos obrigaria a recordar! o suficiente para ouvir, nem mesmo um eco, mas uma repetição tornada simples como uma fórmula verbal, mas extremamente realista e desafiadora, ressonante na palavra extrema e comovente de Cristo, na iminência de sua paixão: "que todos sejamos um" (cf Jo 17,11; etc.). Que esta palavra testamentária do Senhor ecoe sempre. Que se torne trombeta estridulante para todos os povos; que chame a todos os que tiverem o ouvido do espírito atento à chamada divina. Que seja oferecida como um jogo amoroso do Senhor, um colóquio com ele. Escutar é aqui a primeira forma de oração, de expressão espiritual sincera, disposta a o enxertar o que ouve no desígnio do interlocutor divino.

E, em seguida, a segunda mensagem, aquela relativa à construção; a construção da Igreja, que Cristo mesmo opera na história; uma construção que para nós, filhos do tempo, está, se podemos dizer, sempre no princípio. Todo o trabalho realizado nos séculos que nos precederam não está isento da colaboração com o divino construtor, senão que nos chama, e não apenas a um fiel trabalho de conservação, e nem mesmo de passivo tradicionalismo, nem de hostil refutação à perene inovação da vida humana; convida-nos a recomeçar de novo, atentos sim, e custódios ciumentos do que a autêntica história da Igreja acumulou para esta e para as futuras gerações, mas conscientes de que o edifício, até os últimos dias, requer trabalho novo, requer construção fatigosa, fresca, genial, como se a Igreja, o divino edifício, devesse iniciar hoje sua aventurosa subida às alturas do céu (cf. 1Cor 3,10; 1Pd 2,5). Que sacudamos a fadiga, a preguiça, a desconfiança, o autolesionismo da contestação sistemática, e com frescor juvenil, com audácia genial, com humilde, grande fidelidade, tentemos interpretar nas necessidades da sociedade o projeto que Cristo, o edificador, prepara para os seus.

Sejamos nós dos seus. Com nossa Bênção Apóstólica.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Construindo (e Reconstruindo) a Igreja (III)

Conforme já expliquei no início desta série, transcrevo nesta postagem a primeira parte da primeira alocução de Paulo VI . Aqui Paulo VI se refere inicialmente à palavra que Cristo disse a Pedro: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18), e convida os ouvintes a descobrir a grandeza de serem Igreja:

Vós, que viestes visitar e venerar a sede do humilde sucessor do Apóstolo, Simão, filho de Jonas, pelo próprio Cristo chamado Pedro, qual palavra, qual profecia, qual destino histórico estais buscando, não apenas no local de seu túmulo, mas no troféu espiritual que aqui glorifica sua memória e simboliza a missão espiritual? Não sentiste reviver em vossa alma precisamente a promessa que Jesus transmitiu ao Apóstolo, quando lhe disse: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18)? Palavra fatídica, que aqui parece adquirir um significado sensível, e que não cessaremos mais de meditar, repercutem como parece ser, não puramente sobre o edifício no qual nos encontramos escrutando, admirando e rezando, mas sobre a instituição, que aqui tem seu ponto cardeal e seu coração, e que a todos nos envolve, e revela nosso nome, comuníssimo e mais do que nunca misterioso: nós, nós somos Igreja, a Igreja, o corpo histórico, visível e ao mesmo tempo espiritual e transcendente ao nosso cenário histórico, o Corpo místico de Cristo! Para este lugar abençoado, para este momento privilegiado, o anúncio messiânico e divino foi pronunciado e proclamado: "Eu, Eu Jesus o Cristo, Filho do Deus vivente, edificarei minha Igreja".

Temos todos de ouvir, repensar, e na medida do possível, compreender. Tomemos por hora um vocábulo: "Eu, o Senhor (cf Is 9,4-6), edificarei...". Edificar, o que isto significa? Significa construir, tomar material informe e disperso, e, conservando sua estrutura essencial, modelá-lo, uní-lo, compaginá-lo em um plano arquitetônico, e conferir-lhe a utilidade e a dignidade de um único desenho, refletindo um pensamento, uma finalidade, uma beleza, que é a de todos os componentes materiais individuais, e de todo o mesmo edifício. Esta é a idéia de Cristo acerca da humanidade, acerca do reino de Deus, acerca da construção. Este é o reino de Deus, de cujo Evangelho porta o anúncio, esta é a Igreja, que Cristo diz "minha", esta é a humanidade permeada pelo desenho da salvação. Esta é a chave para a inteligência da Escritura: leia-se a história de Abraão (cf Gn 12,3; Gl 3,8ss); a história de Israel (Gl 6,15-16; Rm 9; etc.); a história da Igreja nascente (At 11,17-18; etc.); este é o pensamento divino operante na história da humanidade, e no segredo da alma, que escuta o Mestre interior. Mas não é o caso. Recolhamos ao invés a dúplice mensagem, que se faz nossa, de cada um, e cheia de energia confortante.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Dia histórico na CCJ

O Projeto de Lei 1135/91, que modifica o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para suprimir a criminalização do aborto (na prática a legalização do aborto no Brasil) foi derrotado em votação histórica na Comissão de Seguridade Social e Família. Depois que os deputados favoráveis (à descriminalização) se retiraram do Plenário, o resultado foi 33 x 0 em favor da vida. Uma das razões para essa grande vitória foi a mobilização das bases, manifestando-se junto aos deputados de seu Estado.

Posteriormente, o projeto foi rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). A comissão acolheu o parecer do relator, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que considerou a proposta inconstitucional.

Manifestaram-se contra o parecer do relator apenas os deputados José Genoíno (PT-SP), Eduardo Valverde (PT-RO), José Eduardo Cardozo (PT-SP) e Regis de Oliveira (PSC-SP).

Mais uma vitória em defesa da vida!


sexta-feira, 11 de julho de 2008

Recordando Loreto, 1995

Nunca participei de uma JMJ, mas em 1995 o Papa João Paulo II promoveu um encontro de jovens da Europa na Esplanada de Montorso, em Loreto (o texto desta homilia está em italiano). O Caminho Neocatecumenal levou também jovens da América. E lá estive eu.

Dentre as recordações desta viagem, muitas cenas marcantes. Hospedados em uma cidade próxima, fomos a pé até a esplanada, através de uma estrada pela qual passavam jovens de todo o mundo. Foi impressionante. Íamos cantando. O canto "Quero andar a Jerusalém", ficou-me impresso na memória:

Quero andar, mãããaaaaae, aáááaaahh Jerusalééeeem.

A comer as ervas. E saciar-me delas.

Foram muitas e diferenciadas emoções. A primeira viagem de avião. Roma, onde estivemos vários dias, e assistimos a uma das audiências públicas de João Paulo II nas quartas-feiras, com direito a assentos reservados na Praça de São Pedro. Vi toda a riqueza da Basílica de São Pedro, e por trás de uma porta de vidro o belíssimo túmulo de São Pedro. Visitamos diversas cidades e santuários italianos. Em Florença estivemos na Paróquia São Bartolomeu, em Scandicci, onde Kiko Argüello pintou o que deve ser a 1ª versão de sua célebre "Corona Mistérica".

De Assis ficou uma das imagens mais marcantes. O túmulo de São Francisco. São Francisco está lá, sepultado em uma coluna de pedra. Um túmulo humilde e impactante. Se a visita a um santuário é um encontro com uma presença, lá tive diante de mim a São Francisco, com sua singular e chocante vida na pobreza.

Tivemos um encontro vocacional com os iniciadores do Caminho em Porto San Giorgio, bem perto de Loreto, outro belíssimo lugar. Daquele encontro guardei o que disse Cármen Hernandez. A todos nós que lá estávamos, Deus chamava a uma grande missão.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Quem foi Giorgio Frassati? (III)

Convida um dia um de seus amigos a um maior compromisso de caridade, a visitar e atender aos mais pobres. O amigo lhe diz que tem medo, que não se atreve a entrar em casa miseráveis, onde tudo é sujeira, onde as enfermidades contagiosas predominam por toda parte. Pier Giorgio lhe responde com sinceridade e convicção: visitar os pobres é visitar a Jesus!

Entre os pobres a providência havia previsto a chegada de sua hora definitiva. Num dias dos finais de junho de 1925, o perigo se faz realidade. Pier Giorgio contrai, depois de uma de suas visitas, uma poliomielite fulminante.

Começa a sentir fortes dores de cabeça e perde o apetite. Em sua casa, entretanto, não dão muita importância, pois tem apenas 24 anos e é um jovem robusto. Além disto, a avó se encontra em estado grave, e todos estão voltados para ela.

Pier Giorgio sente como o mal avança, sem que seja atendido devidamente. Só quando se encontra já em uma situação dramática, seus pais se dão conta e reagem. Demasiado tarde. Desesperados, pedem um soro especial ao instituto Pasteur de Paris, mas já não há nada por fazer.

Com a humildade e o desapego com o qual havia vivido enfrentava agora, em plena juventude, a morte. Ou melhor, o encontro com aquele Jesus que tanto havia amado, pelo qual havia lutado na universidade e na rua, entre os pobres ou entre os jovens de classe média pouco ativos em sua fé.

Por isto não pareceu estranho seu último gesto. Pediu a sua irmã Luciana que pegasse em sua casa uma caixa com injeções, e escreveu por cima o endereço da pessoa à qual se devia levar o remédio.



A morte chegou em 4 de julho de 1925. Os funerais se realizaram dois dias depois. Foram uma explosão de carinho e afeto dirigidos a um jovem que havia vivido para os demais. Foram também o momento no qual os pais de Pier Giorgio descobrem realmente quem havia sido seu filho, quanta gente o queria, o muito que havia feito, com simplicidade, sem espavento, nas longas horas que passava fora de casa.

"Viver sem fé, sem um patrimônio que defender, sem manter uma luta pela Verdade não é viver, mas empurrar com a barriga...". A vida de Pier Giorgio foi, realmente, vida. Porque amou sua fé, e porque sua fé o levou a amar e a servir Jesus em seus irmãos.

Fernando Pascual






Quem foi Giorgio Frassati? (II)

Quando chega à Universidade, percebe um ambiente hostil contra tudo o que cheira a catolicismo. Pier Giorgio não hesita em promover atividades espirituais entre os universitários. Arriscando-se ás vezes a mais de um choque violento com grupos intolerantes (estes que se presumiam "liberais", "libertadores comunistas", ou de "patriotas", nas fileiras do fascismo).

No painel de anúncios da Universidade de Turim põe um dia, entre as muitos cartazes e folhetos que falam de festas e diversões, um cartaz convidando os estudantes à oração noturna. Os "anticlericais" decidem intervir para arrancar a "provocação" de Pier Giorgio. Ao chegar, se encontram defronte a um jovem, que defende energicamente o direito de expressar suas próprias convicções. No final o painel cai, completamente destruído, e o anúncio de Pier Giorgio é feito em pedaços...

Além do trabalho com os jovens universitários, Pier Giorgio quer dedicar-se aos mais necessitados, aos pobres, aos enfermos. Encontra também tempo para acompanhar a um sacerdote dominicano que dá catequeses aos meninos de um bairro operário, para defendê-lo dos insultos e agressões de alguns comunistas ameaçadores, e não poucas vezes se chega aos golpes...

Quando o fascismo chega ao apogeu na Itália, Pier Giorgio intui o caráter anti-católico (e anti-humano) da nova ideologia, e não hesita em confrontar-se com os novos inimigos. Fica especialmente irritado ao ver como alguns católicos demonstram sua simpatia aos fascistas. Sua fama de inimigo do novo poder chega a ser conhecida. A tal ponto que, em um domingo, quando Pier Giorgio tem uma refeição em casa com sua mãe, um esquadrão de fascistas entra para destruir tudo. Nosso jovem aparece na sala de visitas, arranca um bastão de um dos agressores e, com o bastão na mão, os obriga a fugir.

É uma vida apaixonante: compromisso social, compromisso político, compromisso militante em numerosas organizações católicas, especialmente nos grupos de universitários católicos. Compromisso, como já dissemos, entre os mais necessitados.

A muitos impressiona ver o filho dos Frassati pelas ruas, com um carro cheio de quinquilharias de gente pobre que busca uma casa, ou quando visita filhos de operários para dar-lhes catequeses. Em sua família têm-no por louco. Quase sempre chega tarde, freqüentemente sem dinheiro. Não duvida em dispensar o ônibus para dar o que lhe resta a quem possa necessitar de uma esmola.





Quem foi Giorgio Frassati? (I)

Tradução de uma reportagem em espanhol, do site Idyanunciad.com.

JMJ SIDNEY 2008: Pier Giorgio Frassati, com os jovens na Austrália

As relíquias do beato Pier Giorgio Frassati acompanharão aos jovens católicos durante os dias da Jornada Mundial d Juventude, em Sidney (15-20 de julho de 2008). Quem foi este jovem? Por que é apresentado como um exemplo para a juventude?

Pier Giorgio nasceu em 6 de abril de 1901, em uma rica família de Turim. Seu pai, Alfredo, era o fundador do jornal La Stampa, no qual eram divulgadas ideías liberais, certamente não favoráveis à Igreja. Alfredo chegou a ser embaixador da Itália na Alemanha, o que permitiu a sua família viver e estabelecer amizades no mundo alemão.

Pier Giorgio recebeu em sua casa uma educação correta, mas sem uma fé vivida. Ao iniciar a adolescência sentiu uma forte necessidade de aprofundar-se no Evangelho, de ser um cristão cem por cento. Por isto foi membro de um grande número de associações católicas: tinha um grande desejo de conhecer mais sua fé, de crescer na vida de oração, de viver em um sincero compromisso pelos demais, seja na assistência social, seja no ensinar e dar testemunho de suas convicções cristãs.

Entre seus escritos encontramos estas linhas que explicam por si mesmas o que havia em seu coração: "Cada dia compreendo melhor a graças de ser católico. Viver sem fé, sem um patrimônio que defender, sem manter uma luta pela Verdade não é viver, mas empurrar com a barriga... Através de cada desilusão, inclusive, temos que recordar que somos os únicos que possuímos a verdade".

terça-feira, 8 de julho de 2008

Uma Igreja populosa ou minoritária? (II)



Por isto, não me oponho absolutamente a que pessoas que não freqüentam a igreja durante todo o ano, acudam a ela ao menos no Natal ou no Ano Novo, ou em ocasiões especiais, porque esta é, de certo modo, ainda uma forma de somar-se à bendição do Santíssimo, à luz. Há de haver, portanto, tipos distintos de adesão e participação, tem que existir uma abertura interna da Igreja.

Mas não é a Igreja populosa a maior conquista da civilização religiosa? Não é a Igreja realmente massiva, acessível a todos, uma árvore cujos muitos ramos formam um teto para todas as pessoas? Pode verdadeiramente a Igreja renunciar à pretensão de ser uma Igreja popular e, em conseqüência, uma Igreja majoritária? Pois este resultado foi alcançado com enormes esforços e sacrifícios.

Temos que aceitar as perdas, mas seguiremos sendo uma igreja aberta. A Igreja não pode ser um grupo fechado e auto-suficiente. Sobretudo, necessitamos ser missionários e ensinar à sociedade estes valores que deveriam constituir sua consciência, uns valores que são o fundamento de sua existência estatal e de uma comunidade social verdadeiramente humana.

Neste sentido, a discussão sobre o que foi um dia a Igreja populosa - e que assim continuará a ser em alguns países, enquanto em outros adquirirá uma forma nova - seguramente continuará. A Igreja terá que intervir na legislação e recordar sempre as grandes constantes humanitárias da organização social humana. Pois quando o Direito carece de bases morais comuns, perde sua validez.

Vista assim, a Igreja sempre assume uma responsabilidade global. A responsabilidade missional significa precisamente que nós, como disse o Papa (João Paulo II, na época), temos de intentar realmente a neo-evangelização. Não devemos cruzar os braços e deixar que tudo o mais caia no paganismo, senão que precisamos encontrar vias para difundir de novo o evangelho entre os não crentes. Já dispomos de modelos a este respeito. O neocatecumenato é um deles, outras comunidades o intentam a seu modo. A Igreja precisa desprender grandes doses de fantasia para que o evangelho siga sendo uma força pública. Para que também forme e penetre nas pessoas, e nelas atue como fermento. Jesus disse a uma comunidade muito pequena, a dos apóstolos, que teriam de ser o fermento e o sal da terra. Aí se pressupõe a pequenez. Mas também a responsabilidade pelo todo.






<

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Uma Igreja populosa ou minoritária? (I)



Transcrevo abaixo uma tradução de um trecho do livro-entrevista "Deus e o Mundo" http://www.tenacitas.pt/m_catalog_a_detalhe19.html. Nesta obra, sob a forma de uma extensa entrevista realizada pelo jornalista alemão Peter Seewald, o então Cardeal Joseph Ratzinger (atual Papa Bento XVI) explica o essencial da fé cristã. No site oficial do Caminho Neocatecumenal http://www.camminoneocatecumenale.it/all/papa.asp?id=172, encontra-se uma passagem em espanhol deste livro, na qual Ratzinger comenta sobre a nova realidade da Igreja Católica, que aos poucos se torna minoritária em diversas regiões do mundo.

Muitos anos atrás, o senhor disse algo profético sobre o futuro da Igreja: a Igreja, comentou então, irá tornar-se "pequena, terá que começar de novo. Mas, por trás desta provação, uma grande força irradiará de uma Igreja interiorizada e mais simples. Porque as pessoas de um mundo completamente planificado estarão sós até o indizível ... E então descobrirão a pequena comunidade dos crentes como algo completamente novo. Como uma esperança que lhes incumbe, como uma resposta ao que sempre tinham secretamente perguntado." Parece que o tempo lhe deu razão. O que vai acontecer na Europa?


Em primeiro lugar: se apequenará a Igreja? Quando disse isto, choveu sobre mim o reproche de pessimista. E hoje nada parece mais proibido do que o que denominamos pessimismo, e que muitas vezes é puro realismo. Com o passar do tempo, a maioria reconhece que na fase atual o número de cristãos batizados declina na Europa. Em uma cidade como Magdeburg já há apenas oito por cento de cristãos - entendamos: agregando todas as confissões cristãs. Tais fatos estatísticos revelam uma tendência indiscutível. Em relação a este aspecto, a proporção entre povo e Igreja diminuirá em determinados âmbitos culturais, como por exemplo o nosso. Com isto temos de nos defrontar, com simplicidade.









O que isto quer dizer?

A Igreja populosa pode ser algo muito formoso, mas não necessário. A Igreja dos três primeiros séculos era uma pequena comunidade, mas não sectária. Pelo contrário, não estava isolada, senão que se sentia responsável pelos pobres, pelos doentes, por toda a gente. Nela encontraram lugar todos os que buscavam a fé em um Deus, todos os que procuraram uma promessa.

A sinagoga, o Judaísmo, no Império Romano, formou um entorno de devotos que a freqüentavam, propiciando uma tremenda abertura. O catecumenato da antiga Igreja era algo muito similar. As pessoas que não se sentiam capazes de uma identificação total, podiam somar-se à Igreja, para comprovar se lograriam dar o passo de entrar nela. Esta consciência de não ser um clube fechado, mas de manter-se sempre aberta ao conjunto, é um componente inseparável da Igreja. E precisamente com a redução que vivemos das comunidades cristãs, temos que buscar estas formas de coordenar, de somar, de ser acessíveis.


(continua)

Construindo (e Reconstruindo) a Igreja (II)

Continuação da audiência papal de 14 de julho de 1976:

A segunda coisa a observar é que para nós já não se trata de construir a Igreja, mas de reconstruir, a menos que nos consideremos no campo missionário, onde a implantação, a plantatio da Igreja deve começar do primeiro anúncio do Evangelho (Cf. Ad Gentes, 3). Mas nós, nos países de antiga formação cristã, devemos ter uma atenta consciência de um fator indispensável na questão da construção da Igreja, e é a tradição, é o trabalho realizado na construção da Igreja através dos séculos, que nos precedeu. Somos os herdeiros, somos os continuadores da obra anterior; devemos ter um senso de história, e nos formarmos no espírito de fidelidade, humilde e afortunada por tudo quanto os séculos passados fizeram de vivo e autêntico na formação do corpo místico de Cristo. Devemos resguardar-nos da inconsciência do espírito revolucionário próprio de tantos de nosso tempo, que ignoram ou querem ignorar o trabalho realizado pelas gerações precedentes, e crêem poder iniciar a obra de salvação da humanidade repudiando tudo quanto a experiência, convalidada por um magistério de coerência e autenticidade, tem preservado, e recomeçar do zero o projeto de uma nova civilização. Somos sabiamente conservadores e continuadores, e não devemos temer que esta dupla qualificação, retamente compreendida, prive o trabalho atual de sua vitalidade e de sua genialidade. O trabalho a ser realizado na construção da Igreja, especialmente no campo espiritual e pastoral, é sempre novo, está sempre no princípio.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Construindo (e Reconstruindo) a Igreja (I)


Em uma convivência de salmistas do Caminho Neocatecumenal, http://www.camino-neocatecumenal.org/neo/CARISMAS/cantores/convivencia%20de%20Salmistas%201980.htm realizada em Roma, no dia 16 de março de 1980, Kiko Argüello, ao enfatizar a importância de reconstruir uma assembléia que canta e expressa a exultação do espírito, faz referência a uma série de catequeses de Paulo VI, que tem como tema a reconstrução da Igreja na presente geração. Estas catequeses foram realizadas durante as audiências papais das quartas-feiras, de 8 de julho a 15 de setembro de 1976.

Pretendo aos poucos traduzir e comentar alguns trechos destas catequeses. O original italiano da 2ª catequese está em http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/audiences/1976/documents/hf_p-vi_aud_19760714_it.html. Traduzi primeiro uma parte desta catequese, pois não percebi que na realidade a série começou uma semana antes.

AUDIÊNCIA GERAL DE PAULO VI

Quarta-feira, 14 de julho de 1976

Sumarizando um discurso que consideramos fundamental e programático para a vida cristã, dizemos e repetimos, especialmente em nosso tempo: devemos construir a Igreja. Se este edifício, que significa o projeto religioso para a humanidade, a ordem espiritual do homem enquanto indivíduo e socialmente considerado, a organização de uma sociedade na qual se realiza o pensamente de Deus sobre o mundo humano, seu plano a respeito de nossa relação real e ativa com a Divindade, seu amoroso projeto relativo a nossa salvação, a Igreja, deve ser construída no século presente, na história em que vivemos.

Construir a Igreja! Tendo em mente algumas coisas muito importantes. Em primeiro lugar, não é uma operação efetivamente nossa, mas de Cristo, de Cristo mesmo. Ele disse "Edificarei minha Igreja" (Mateus 16,18). Ele é o Artífice; ele é o operador, em certo sentido o único construtor. É uma operação cuja autêntica causa é ele mesmo. Dele depende o trabalho que queremos ver surgir, é obra sua, é obra divina. Nós, chamados ao canteiro do desígnio divino, somos seus colaboradores. "Somos - diz São Paulo - os colaboradores de Deus" (1 Cor 3,9); somos causa segunda na grande execução da obra que tem Deus, que tem Cristo, como causa primeira; somos ministros, somos instrumentos; mais na ordem da condicionalidade que da causalidade: questão teológica que fatigou grandes pensadores, tais como Santo Agostinho (Ver S. AUGUSTINI De gratia Christi, 26: PL X, 374); basta-nos aqui recordar São Paulo: "O que possuís, que não tenhais recebido?" (1Cor 4,7). Mas esta doutrina, recordemo-lo, não diminui nossa responsabilidade, nem tolhe o mérito de nossa obra; e, no tema que presentemente consideramos, confere ao nosso ministério uma grande dignidade de sermos colaboradores da obra divina, nem vanifica a necessidade do esforço humano, que de fato é chamado à total auto-doação de seu empenho na participação da obra da graça (ver 2 Cor 12, 9).
(continua)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Rumo a Montorso!




Esta imagem, bem como as duas da postagem anterior, são detalhes de fotos de um mesmo álbum do Picasa, o qual retrata uma peregrinação de jovens das comunidades neocatecumenais de uma mesma paróquia. E esta é a Paróquia Santos Juanes de Valência, Espanha.


E por que estão a caminho? Em setembro de 2007 houve um encontro do Papa Bento XVI com a juventude européia, na esplanada de Montorso, próxima a Loreto na Itália.


Este mesmo grupo passou por outras cidades européias ao longo do caminho, saindo em procissão pelas ruas, e dando testemunhos em público, de megafone na mão.

Utilizando algumas destas imagens, e o canto "O Senhor anuncia uma notícia" como fundo musical, editei o vídeo abaixo.




Quem ama não tem medo!


Acredito que o título desta postagem retrate bem as palavras de Bento XVI no Angelus do último dia 22 de junho.

O Papa inicialmente refletiu sobre a diferença entre os medos humanos e o temor de Deus:

Queridos irmãos e irmãs!

no Evangelho deste domingo são dois convites de Jesus: de um lado "não tenhais
medo dos homens"
, e do outro "temei" a Deus (cf. Mt 10,26.28). Somos assim
encorajados a refletir sobre a diferença entre os medos humanos e o temor de
Deus. O medo é uma dimensão natural da vida. As crianças experimentam formas de
medo que são imaginárias, e depois desaparecem; depois surgem outras formas,
que se fundamentam precisamente na realidade: estas devem ser enfrentadas e
superadas com o empenho humano e a confiança em Deus. Mas existe, sobretudo
hoje, uma forma de medo mais profunda, do tipo existencial, que por vezes acaba
em angústia: ele decorre de um sentimento de vazio, amarrado a uma certa
cultura generalizada permeada pelo niilismo teórico e prático.

Caracterizou também a segurança do fiel, do homem que se abandona em Deus:

Ser
"sem temor de Deus", equivale a por-se em seu lugar, a sentir-se patrão do bem
e do mal, da vida e da morte. Mas aqueles que temem a Deus tem em sim mesmos a
segurança que tem a criança nos braços de sua mãe (cf. Sl 130,2): quem teme a
Deus é tranqüilo, ainda em meio a tempestades, porque Deus, como Jesus o
revelou, é um Pai pleno de misericórdia e bondade. Quem ama não tem medo: "No
amor não há medo - escreve o Apóstolo João - pelo contrário, o perfeito amor
lança fora o medo, porque o medo pressupõe um castigo e aquele que tem medo não
é perfeito no amor"
(1 Jo 4,18).

E apontou a oração, a busca da intimidade com Deus, como arma para vencer o medo:


Quanto mais crescemos nesta intimidade com Deus, impregnada de amor, mais
facilmente vencemos toda forma de medo. No Evangelho de hoje, Jesus repete
várias vezes a exortação a não ter medo. Nos tranquiliza, como fez com os
Apóstolos, como fez com São Paulo, aparecendo-lhe em um visão noturna, num
momento particularmente difícil de sua pregação: "Não temas - disse ele - pois
estou contigo"
(Atos 18,9).





sábado, 21 de junho de 2008

Um trabalho em andamento (II)

Se sentes um sopro no céu...

Conforme o prometido no tópico Um trabalho em andamento (I), começo aqui a comentar os vídeos de minha série a respeito da Peregrinação à Roma e à Terra Santa. A foto abaixo mostra a partida da 1ª comunidade da Paróquia Santa Isabel, de São Carlos SP.


Éramos um grupo de pessoas normais, de meia idade para cima. Durante umas duas semanas deixamos para trás numerosos problemas e dificuldades, atendendo a um chamado de Deus, que nos convidava a ir para longe, até países estrangeiros, ao encontro de uma realidade diferente.

Saímos tendo em mente nossos problemas e angústias, mas confiantes, conscientes da importância desta viagem, do valor de contemplar e tocar os santos lugares. Isto me inspirou a adotar o canto Pentecostes como fundo musical para o vídeo A Partida.

Natureza do Caminho Neocatecumenal


O 1º artigo dos Estatutos recém-aprovados define a natureza do Caminho Neocatecumenal. Transcrevo aqui uma tradução do texto italiano para o português, feita com o uso do tradutor do Google e algum bom senso. Como nunca estudei italiano, não posso dar garantias sobre a qualidade do resultado.


Título I
Natureza e atuação do Caminho Neocatecumenal


Art. 1
[Natureza do Caminho Neocatecumenal]


§ 1. A natureza do Caminho Neocatecumenal foi definida por S.S. João Paulo II, quando escreveu: "Reconheço o Caminho Neocatecumenal como um itinerário de formação cristã, válido para a sociedade e para os tempos hodiernos".

§ 2. O Caminho Neocatecumenal está ao serviço do Bispo, como uma das modalidades de atuação diocesana da iniciação cristã e da educação permanente na fé.

§ 3. O Caminho Neocatecumenal, dotado de personalidade jurídica pública, é constituído por um conjunto de bens espirituais:


1°. o “Neocatecumenato”, ou catecumenato pós-batismal, na forma prevista no Título II;

2°. a educação permanente na fé, na forma prevista no Título III;

3°. o catecumenato, na forma prevista no Título IV;

4°. o serviço da catequese, na forma prevista no Título V, realizado segundo a modalidade e as pessoas ali indicadas.


sexta-feira, 20 de junho de 2008

Estatutos na Internet



Os Estatutos definitivos do Caminho Neocatecumenal, aprovados no último dia 13 de junho, estão já disponíveis (por enquanto apenas em italiano) no site oficial.

Fim de um processo (III)


Com a aprovação destes estatutos, a Santa Sé assegura que este itinerário de iniciação cristã, que se tornou possível graças à redescoberta do catecumenato no Concílio Vaticano II, e é vivido em pequenas comunidades, está protegido em sua especificidade e em sua continuidade, oferecendo aos Bispos " os princípios básicos da implementação do Caminho Neocatecumenal na fidelidade à sua concepção original "(João Paulo II, Castel Gandolfo, 21 de setembro de 2002).

O processo de aprovação foi prolongado porque o Caminho Neocatecumenal, como um instrumento para a iniciação cristã dos adultos, produz frutos de vários tipos - da renovação das paróquias à figura dos catequistas itinerantes e famílias em missão, da formação de padres para a nova evangelização, em mais de setenta seminários diocesanos "Redemptoris Mater" em todo mundo, à nova experiência da missio ad gentes na Europa, Ásia e América - afetando assim as competências de 5 diferentes dicastérios do Vaticano: a Congregação para a Doutrina da Fé, a Congregação para o Culto Divino e os Sacramentos, a Congregação para o Clero e a Catequese e a Congregação para a Educação Católica, examinaram atentamente os estatutos, juntamente com o Pontifício Conselho para os Leigos, que coordenou e concluiu o processo.

Após a aprovação dos estatutos, frente aos grandes desafios da Igreja, estamos gratos de podermos nos oferecer ao Santo Padre e aos Bispos, para a nova evangelização e para a transmissão da fé às novas gerações.

Orai por nós.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fim de um processo (II)

Das barracas de Palomeras Altas de Madri, aos pobres do Borghetto Latino de Roma, até a Curraleira, zona dos miseráveis de Lisboa... Como foi difícil chegar às paróquias de tantas nações! Mas João Paulo II, como um anjo enviado por Deus, nos defendeu e apoiou até ao ponto de escrever a Carta Ogniqualvolta a Mons. Cordes:

"Reconheço o Caminho Neocatecumenal como um itinerário de formação católica, válido para a sociedade e para os tempos hodiernos. Desejo que os Irmãos nos Episcopado valorizem e ajudem - sempre de acordo com o presbítero - esta obra para a nova evangelização, para que esta se realize segundo as linhas propostas pelos iniciadores..."(1).

Mas hoje nosso reconhecimento e gratidão se dirige ao Papa Bento XVI, que com tanto amor seguiu e aprovou a conclusão do trabalho.
Tivemos a oportunidade de conhecer o Santo Padre ainda quando professor em Regensburg, em 1974: não só nos acolheu com muito carinho e interesse, mas ajudou de forma decisiva a introdução do Caminho na Alemanha. Pudemos aprofundar este conhecimento, quando a Santa Sé pediu o exame detalhado do conteúdo teológico de todas as catequeses relativas às diversas etapas do Caminho e o Cardeal. Ratzinger, como prefeito da Congregação para a Fé, os guiou em primeira pessoa, até que a aprovação das "Orientações para equipes de catequistas" em 2003(2).

(1).Giovanni Paolo II, Epist. “Ogniqualvolta”, 30 agosto 1990: AAS 82 (1990), 1515.
(2).Comunicazione scritta del Card. J.F. Stafford agli Iniziatori del Cammino Neocatecumenale, 1 marzo 2003, Prot. N. 219/03 AIC-110.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Fim de um processo (I)



No último dia 13 de junho o Caminho Neocatecumenal divulgou um comunicado a respeito do encerramento do processo de ãprovação dos estatutos definitivos do Caminho. Transcrevo abaixo uma tradução que fiz do original italiano para o português, servindo-me do tradutor do Google e do bom senso. Não posso dar muitas garantias quanto à qualidade deste trabalho.


Não podemos senão agradecer, com grande alegria e profunda gratidão, ao Senhor e à Santíssima Virgem Maria, por este dia em que Pedro, na pessoa de Bento XVI, aprovou, de forma definitiva, os estatutos do Caminho Neocatecumenal.

Hoje, 13 de junho de 2008, o Cardeal Stanisław Riłko, Presidente do Pontifício Conselho de Leigos, irá anunciar o decreto com o qual se promulga a versão final dos estatutos, depois de cinco anos "ad experimentum".

Está encerrado o "processo", iniciado em 1997, por ordem de João Paulo II, de dar ao Caminho um "formal reconhecimento jurídico" e fazê-lo "patrimônio universal da Igreja."

Sem o apoio, a ajuda e o sustento de Pedro, o Caminho não seria capaz de chegar aos dias de hoje.

Desta forma, Paulo VI, em um momento difícil, quando alguns nos acusavam de repetir o batismo, pois fazíamos o catecumenado depois de as pessoas já terem sido batizadas, nos surpreendeu, na primeira Audiência em 8 de maio de 1974, dizendo:

"… Essas são as realidades do pós-concílio… Viver e promover esta renovação é o que chamamos de uma forma de catecumenato pós-batismal, que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje, aqueles efeitos de maturidade e profundidade, que no início da Igreja eram realizados pelo período de preparação para o batismo. Vocês o fazem depois do batismo: se antes ou depois, direi, é secundário. O fato é que vós mirais a autenticidade, a plenitude, a coerência e a sinceridade da vida cristã. E este é um grande mérito, repito, que nos consola enormemente ...".

terça-feira, 17 de junho de 2008

Um dia histórico para o Caminho


Kiko Argüello deu a seguinte entrevista à Rádio Vaticano, durante a entrevista coletiva que se seguiu à entrega dos Estatutos definitivos do Caminho, no último dia 13 de junho. (Foto de Javier Cebreros, www.caminayven.com). Esta é uma tradução que fiz do espanhol para o português, partir de uma outra tradução, feita a partir do original italiano, pelo site Camina y Ven:
Camina y Ven. Os grifos em itálico e notas são meus.


Qual o significado desta aprovação para o Caminho?

O reconhecimento é de muita importância, pelo fato de que somos um dom do Espírito Santo e uma ajuda à Igreja para a nova evangelização. Depois de 40 anos e depois de tantos sofrimentos, a Igreja viu - nestes 40 anos - os frutos; consultou muitos bispos, muitas paróquias e muitas famílias em missão; viu os seminários e, por fim - hoje - estamos sendo reconhecidos como uma realidade eclesial.

Faz mais de 40 anos que você se foi a viver nas barracas (favelas) de Palomeras Altas, entre os pobres. Não imaginava a realidade de hoje, com 20.000 comunidades em 107 países do mundo. Quais são os sentimentos que experimenta hoje com esta aprovação?

Agradecimento à Virgem Maria, a Deus, a seu filho Jesus Cristo e também a Pedro. Me ressoa o que disse Cristo: "Tu é Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja", é uma coisa genial. Sem Pedro nós não existiríamos. Foram providenciais Paulo VI, João Paulo II, e também este Papa, souberam ajudar-nos e souberam ver a ação do Espírito Santo. Por isto esgrimo gratidão, sendo a Igreja como uma mãe.


E sobre a nova evangelização?

Quando o Papa João Paulo II falou de "nova evangelização", juntando estas duas novas palavras, ninguém sabia exatamente em que consistia. Hoje, graças às novas realidades eclesiais, se pode começar a entender que é necessária uma "nova evangelização". João Paulo II disse: "Novos métodos, novos conteúdos, nova criatividade, uma nova evangelização que seja portanto nova em seus métodos e em seus conteúdos, em sua expressão e em sua realização". Pensamos que agora mesmo, reforçados nisto, reforçados neste Estatuto e com este reconhecimento, poderemos relançar as família em missão, os itinerantes, os jovens e as vocações. Fazemos isto sempre como ajuda ao bispo. Somos uma realidade nascida realmente para ajudar às paróquias.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Um trabalho em andamento (I)



Em outubro/novembro de 2006, as primeiras comunidades neocatecumenais das paróquias Imaculada Conceição de Caconde-SP, Santa Isabel de São Carlos-SP e Santa Margarida Maria de São Paulo-SP, partiram em Peregrinação à Roma e à Terra Santa, depois de terem concluído o itinerário de renovação do batismo do Caminho Neocatecumenal. Participei desta viagem, e trouxe farto material, entre fotos e vídeos digitais. A partir deles pretendo elaborar um vídeo sobre nossa viagem. Já fiz vários pequenos vídeos, postados no Youtube. Esta é uma playlist contendo o estado atual de meu trabalho. Pretendo aos poucos falar mais detalhadamente sobre cada um destes vídeos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Brasília 2004


Este grupo usando chapéu de palha são jovens do Caminho Neocatecumenal do Pará. Esta foto foi tirada durante um encontro na Ermida Dom Bosco, Brasília, em julho de 2004

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A Transmissão da Fé (III)

Bento XVI se dirigirá de Roma às famílias reunidas em Colón, o que demonstra o seu absoluto apoio à esta iniciativa...


- O Papa está muito contente de que se apóie a família. Sente em seu coração o amor infinito pela família, que é a base fundamental da sociedade. João Paulo II disse em seu dia (acho que Kiko quis dizer: "disse no dia da Sagrada Família") que "o futuro da humanidade passa pela família", pois o futuro da humanidade são os filhos. Quando a família se destrói, os jovens ficam sem identidade, perdidos, com feridas muito profundas ao verem seus pais separados...

Além disto, o Papa Bento XVI teve um detalhe de amor a este encontro e vai intervir em transmissão direta. Isto demonstra com que carinho acolheu esta iniciativa da Espanha, que lhe pareceu maravilhosa, e que precisaria ser levada a outros lugares da Europa.

Em todas as partes as pessoas sofrem muito, e no fim a sociedade está cheia de gente só. A gente que está só, que se separou, há um nível muito alto de suicídios e de alcoolismo. Estão continuamente diante da televisão... Estão sós frente a sua própria enfermidade e velhice, e parece que a vida é um horror. E nada mais longe da verdade: a vida é algo maravilhoso.

Além disto, sabemos que Cristo venceu a morte e nos preparou o céu, um lugar onde poderemos viver com Ele eternamente.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A Transmissão da Fé (II)

- Como se pode levar a cabo este dever fundamental dos pais?

- Não apenas se deve rezar de noite e de manhã, é necessária uma celebração doméstica na família onde se possam encontrar as duas gerações e possam falar entre si e possam passar a fé dos pais aos filhos. Através do diálogo, os pais, partindo de sua experiência, falam com os filhos, mas não apenas da Palavra, senão de tudo: os problemas que têm na escola, na universidade, etc.

-Como pode a Igreja ajudar aos casamentos que estão em crise, a ponto de se romperem, sem esperança de reconciliação?

- A Igreja tem de ser misericordiosa com todos, e de maneira especial com os que se separam dela porque não têm fé, a perderam, ou ela se debilitou. O corpo humano precisa mover-se, fazer ginástica e caminhar, senão adoece. Também o espírito: se o homem não reza, não tem possibilidade de encontrar-se com o Senhor, a fé se debilita e se perde. Por isto, aos que não rezam ou não vão à missa, seria preciso ajudar-lhes a recuperar a sua fé. Com este objetivo abrimos nas paróquias um caminho de iniciação cristã e redescobrimento da fé. Se vêm famílias destruídas, ou alguém que se tenha separado, não os expulsamos, muito pelo contrário, temos misericórdia com todos e os ajudamos. Se podem, reconstróem seu casamento, e se não, podem pelo menos encontrar-se com Jesus Cristo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

A Transmissão da Fé (I)



Entre os vários aspectos singulares e inovadores do Caminho Neocatecumenal, um deles tem se revestido de fundamental importãncia frente às últimas mudanças da sociedade: a transmissão da fé aos filhos, realizada em uma celebraçao familiar dominical.

Pouco antes da Grande Manifestação em prol da Família realizada em Madri, no último dia 30 de dezembro, Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, concedeu a seguinte entrevista ao jornal LA RAZON:

-O Encontro Mundial das Famílias, celebrado em Valencia em 2006, tinha como tema "A transmissão da fé na família cristã", e também o de hojfe em Madri. A Igreja insiste sempre na importância da transmissão da fé aos filhos?


-Quando Deus libertou a seu povo da escravidão do Egito através de Moisés, disse-lhe: "Amarás o Senhor teu Deus com todo teu coração, com toda tua mente e com todas as tuas forças e ao próximo como a ti mesmo. Isto o ensinarás a teus filhos quando te deitas e quando te levantas, quando viajas...". Por isto, no povo hebreu, passar a fé à geração seguinte é um mandamento fundamental e principal. Isto não se alterou com o cristianismo, senão que transmitir a fé aos filhos é algo de vida ou morte para eles, dado que tem de viver em um ambiente que é muitas vezes contrário ao cristianismo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Para começar



Bem vindos ao meu novo blog! Sou Alexandre Marcelo Fernandes da Silva. Faço pós-graduação em engenharia elétrica, pertenço ao Caminho Neocatecumenal há mais de 20 anos. Criei este blog para compartilhar pensamentos, idéias, comentários e imagens.