quinta-feira, 26 de junho de 2008

Rumo a Montorso!




Esta imagem, bem como as duas da postagem anterior, são detalhes de fotos de um mesmo álbum do Picasa, o qual retrata uma peregrinação de jovens das comunidades neocatecumenais de uma mesma paróquia. E esta é a Paróquia Santos Juanes de Valência, Espanha.


E por que estão a caminho? Em setembro de 2007 houve um encontro do Papa Bento XVI com a juventude européia, na esplanada de Montorso, próxima a Loreto na Itália.


Este mesmo grupo passou por outras cidades européias ao longo do caminho, saindo em procissão pelas ruas, e dando testemunhos em público, de megafone na mão.

Utilizando algumas destas imagens, e o canto "O Senhor anuncia uma notícia" como fundo musical, editei o vídeo abaixo.




Quem ama não tem medo!


Acredito que o título desta postagem retrate bem as palavras de Bento XVI no Angelus do último dia 22 de junho.

O Papa inicialmente refletiu sobre a diferença entre os medos humanos e o temor de Deus:

Queridos irmãos e irmãs!

no Evangelho deste domingo são dois convites de Jesus: de um lado "não tenhais
medo dos homens"
, e do outro "temei" a Deus (cf. Mt 10,26.28). Somos assim
encorajados a refletir sobre a diferença entre os medos humanos e o temor de
Deus. O medo é uma dimensão natural da vida. As crianças experimentam formas de
medo que são imaginárias, e depois desaparecem; depois surgem outras formas,
que se fundamentam precisamente na realidade: estas devem ser enfrentadas e
superadas com o empenho humano e a confiança em Deus. Mas existe, sobretudo
hoje, uma forma de medo mais profunda, do tipo existencial, que por vezes acaba
em angústia: ele decorre de um sentimento de vazio, amarrado a uma certa
cultura generalizada permeada pelo niilismo teórico e prático.

Caracterizou também a segurança do fiel, do homem que se abandona em Deus:

Ser
"sem temor de Deus", equivale a por-se em seu lugar, a sentir-se patrão do bem
e do mal, da vida e da morte. Mas aqueles que temem a Deus tem em sim mesmos a
segurança que tem a criança nos braços de sua mãe (cf. Sl 130,2): quem teme a
Deus é tranqüilo, ainda em meio a tempestades, porque Deus, como Jesus o
revelou, é um Pai pleno de misericórdia e bondade. Quem ama não tem medo: "No
amor não há medo - escreve o Apóstolo João - pelo contrário, o perfeito amor
lança fora o medo, porque o medo pressupõe um castigo e aquele que tem medo não
é perfeito no amor"
(1 Jo 4,18).

E apontou a oração, a busca da intimidade com Deus, como arma para vencer o medo:


Quanto mais crescemos nesta intimidade com Deus, impregnada de amor, mais
facilmente vencemos toda forma de medo. No Evangelho de hoje, Jesus repete
várias vezes a exortação a não ter medo. Nos tranquiliza, como fez com os
Apóstolos, como fez com São Paulo, aparecendo-lhe em um visão noturna, num
momento particularmente difícil de sua pregação: "Não temas - disse ele - pois
estou contigo"
(Atos 18,9).





sábado, 21 de junho de 2008

Um trabalho em andamento (II)

Se sentes um sopro no céu...

Conforme o prometido no tópico Um trabalho em andamento (I), começo aqui a comentar os vídeos de minha série a respeito da Peregrinação à Roma e à Terra Santa. A foto abaixo mostra a partida da 1ª comunidade da Paróquia Santa Isabel, de São Carlos SP.


Éramos um grupo de pessoas normais, de meia idade para cima. Durante umas duas semanas deixamos para trás numerosos problemas e dificuldades, atendendo a um chamado de Deus, que nos convidava a ir para longe, até países estrangeiros, ao encontro de uma realidade diferente.

Saímos tendo em mente nossos problemas e angústias, mas confiantes, conscientes da importância desta viagem, do valor de contemplar e tocar os santos lugares. Isto me inspirou a adotar o canto Pentecostes como fundo musical para o vídeo A Partida.

Natureza do Caminho Neocatecumenal


O 1º artigo dos Estatutos recém-aprovados define a natureza do Caminho Neocatecumenal. Transcrevo aqui uma tradução do texto italiano para o português, feita com o uso do tradutor do Google e algum bom senso. Como nunca estudei italiano, não posso dar garantias sobre a qualidade do resultado.


Título I
Natureza e atuação do Caminho Neocatecumenal


Art. 1
[Natureza do Caminho Neocatecumenal]


§ 1. A natureza do Caminho Neocatecumenal foi definida por S.S. João Paulo II, quando escreveu: "Reconheço o Caminho Neocatecumenal como um itinerário de formação cristã, válido para a sociedade e para os tempos hodiernos".

§ 2. O Caminho Neocatecumenal está ao serviço do Bispo, como uma das modalidades de atuação diocesana da iniciação cristã e da educação permanente na fé.

§ 3. O Caminho Neocatecumenal, dotado de personalidade jurídica pública, é constituído por um conjunto de bens espirituais:


1°. o “Neocatecumenato”, ou catecumenato pós-batismal, na forma prevista no Título II;

2°. a educação permanente na fé, na forma prevista no Título III;

3°. o catecumenato, na forma prevista no Título IV;

4°. o serviço da catequese, na forma prevista no Título V, realizado segundo a modalidade e as pessoas ali indicadas.


sexta-feira, 20 de junho de 2008

Estatutos na Internet



Os Estatutos definitivos do Caminho Neocatecumenal, aprovados no último dia 13 de junho, estão já disponíveis (por enquanto apenas em italiano) no site oficial.

Fim de um processo (III)


Com a aprovação destes estatutos, a Santa Sé assegura que este itinerário de iniciação cristã, que se tornou possível graças à redescoberta do catecumenato no Concílio Vaticano II, e é vivido em pequenas comunidades, está protegido em sua especificidade e em sua continuidade, oferecendo aos Bispos " os princípios básicos da implementação do Caminho Neocatecumenal na fidelidade à sua concepção original "(João Paulo II, Castel Gandolfo, 21 de setembro de 2002).

O processo de aprovação foi prolongado porque o Caminho Neocatecumenal, como um instrumento para a iniciação cristã dos adultos, produz frutos de vários tipos - da renovação das paróquias à figura dos catequistas itinerantes e famílias em missão, da formação de padres para a nova evangelização, em mais de setenta seminários diocesanos "Redemptoris Mater" em todo mundo, à nova experiência da missio ad gentes na Europa, Ásia e América - afetando assim as competências de 5 diferentes dicastérios do Vaticano: a Congregação para a Doutrina da Fé, a Congregação para o Culto Divino e os Sacramentos, a Congregação para o Clero e a Catequese e a Congregação para a Educação Católica, examinaram atentamente os estatutos, juntamente com o Pontifício Conselho para os Leigos, que coordenou e concluiu o processo.

Após a aprovação dos estatutos, frente aos grandes desafios da Igreja, estamos gratos de podermos nos oferecer ao Santo Padre e aos Bispos, para a nova evangelização e para a transmissão da fé às novas gerações.

Orai por nós.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fim de um processo (II)

Das barracas de Palomeras Altas de Madri, aos pobres do Borghetto Latino de Roma, até a Curraleira, zona dos miseráveis de Lisboa... Como foi difícil chegar às paróquias de tantas nações! Mas João Paulo II, como um anjo enviado por Deus, nos defendeu e apoiou até ao ponto de escrever a Carta Ogniqualvolta a Mons. Cordes:

"Reconheço o Caminho Neocatecumenal como um itinerário de formação católica, válido para a sociedade e para os tempos hodiernos. Desejo que os Irmãos nos Episcopado valorizem e ajudem - sempre de acordo com o presbítero - esta obra para a nova evangelização, para que esta se realize segundo as linhas propostas pelos iniciadores..."(1).

Mas hoje nosso reconhecimento e gratidão se dirige ao Papa Bento XVI, que com tanto amor seguiu e aprovou a conclusão do trabalho.
Tivemos a oportunidade de conhecer o Santo Padre ainda quando professor em Regensburg, em 1974: não só nos acolheu com muito carinho e interesse, mas ajudou de forma decisiva a introdução do Caminho na Alemanha. Pudemos aprofundar este conhecimento, quando a Santa Sé pediu o exame detalhado do conteúdo teológico de todas as catequeses relativas às diversas etapas do Caminho e o Cardeal. Ratzinger, como prefeito da Congregação para a Fé, os guiou em primeira pessoa, até que a aprovação das "Orientações para equipes de catequistas" em 2003(2).

(1).Giovanni Paolo II, Epist. “Ogniqualvolta”, 30 agosto 1990: AAS 82 (1990), 1515.
(2).Comunicazione scritta del Card. J.F. Stafford agli Iniziatori del Cammino Neocatecumenale, 1 marzo 2003, Prot. N. 219/03 AIC-110.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Fim de um processo (I)



No último dia 13 de junho o Caminho Neocatecumenal divulgou um comunicado a respeito do encerramento do processo de ãprovação dos estatutos definitivos do Caminho. Transcrevo abaixo uma tradução que fiz do original italiano para o português, servindo-me do tradutor do Google e do bom senso. Não posso dar muitas garantias quanto à qualidade deste trabalho.


Não podemos senão agradecer, com grande alegria e profunda gratidão, ao Senhor e à Santíssima Virgem Maria, por este dia em que Pedro, na pessoa de Bento XVI, aprovou, de forma definitiva, os estatutos do Caminho Neocatecumenal.

Hoje, 13 de junho de 2008, o Cardeal Stanisław Riłko, Presidente do Pontifício Conselho de Leigos, irá anunciar o decreto com o qual se promulga a versão final dos estatutos, depois de cinco anos "ad experimentum".

Está encerrado o "processo", iniciado em 1997, por ordem de João Paulo II, de dar ao Caminho um "formal reconhecimento jurídico" e fazê-lo "patrimônio universal da Igreja."

Sem o apoio, a ajuda e o sustento de Pedro, o Caminho não seria capaz de chegar aos dias de hoje.

Desta forma, Paulo VI, em um momento difícil, quando alguns nos acusavam de repetir o batismo, pois fazíamos o catecumenado depois de as pessoas já terem sido batizadas, nos surpreendeu, na primeira Audiência em 8 de maio de 1974, dizendo:

"… Essas são as realidades do pós-concílio… Viver e promover esta renovação é o que chamamos de uma forma de catecumenato pós-batismal, que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje, aqueles efeitos de maturidade e profundidade, que no início da Igreja eram realizados pelo período de preparação para o batismo. Vocês o fazem depois do batismo: se antes ou depois, direi, é secundário. O fato é que vós mirais a autenticidade, a plenitude, a coerência e a sinceridade da vida cristã. E este é um grande mérito, repito, que nos consola enormemente ...".

terça-feira, 17 de junho de 2008

Um dia histórico para o Caminho


Kiko Argüello deu a seguinte entrevista à Rádio Vaticano, durante a entrevista coletiva que se seguiu à entrega dos Estatutos definitivos do Caminho, no último dia 13 de junho. (Foto de Javier Cebreros, www.caminayven.com). Esta é uma tradução que fiz do espanhol para o português, partir de uma outra tradução, feita a partir do original italiano, pelo site Camina y Ven:
Camina y Ven. Os grifos em itálico e notas são meus.


Qual o significado desta aprovação para o Caminho?

O reconhecimento é de muita importância, pelo fato de que somos um dom do Espírito Santo e uma ajuda à Igreja para a nova evangelização. Depois de 40 anos e depois de tantos sofrimentos, a Igreja viu - nestes 40 anos - os frutos; consultou muitos bispos, muitas paróquias e muitas famílias em missão; viu os seminários e, por fim - hoje - estamos sendo reconhecidos como uma realidade eclesial.

Faz mais de 40 anos que você se foi a viver nas barracas (favelas) de Palomeras Altas, entre os pobres. Não imaginava a realidade de hoje, com 20.000 comunidades em 107 países do mundo. Quais são os sentimentos que experimenta hoje com esta aprovação?

Agradecimento à Virgem Maria, a Deus, a seu filho Jesus Cristo e também a Pedro. Me ressoa o que disse Cristo: "Tu é Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja", é uma coisa genial. Sem Pedro nós não existiríamos. Foram providenciais Paulo VI, João Paulo II, e também este Papa, souberam ajudar-nos e souberam ver a ação do Espírito Santo. Por isto esgrimo gratidão, sendo a Igreja como uma mãe.


E sobre a nova evangelização?

Quando o Papa João Paulo II falou de "nova evangelização", juntando estas duas novas palavras, ninguém sabia exatamente em que consistia. Hoje, graças às novas realidades eclesiais, se pode começar a entender que é necessária uma "nova evangelização". João Paulo II disse: "Novos métodos, novos conteúdos, nova criatividade, uma nova evangelização que seja portanto nova em seus métodos e em seus conteúdos, em sua expressão e em sua realização". Pensamos que agora mesmo, reforçados nisto, reforçados neste Estatuto e com este reconhecimento, poderemos relançar as família em missão, os itinerantes, os jovens e as vocações. Fazemos isto sempre como ajuda ao bispo. Somos uma realidade nascida realmente para ajudar às paróquias.