Acredito que o título desta postagem retrate bem as palavras de Bento XVI no Angelus do último dia 22 de junho.
O Papa inicialmente refletiu sobre a diferença entre os medos humanos e o temor de Deus:
Queridos irmãos e irmãs!
no Evangelho deste domingo são dois convites de Jesus: de um lado "não tenhais
medo dos homens", e do outro "temei" a Deus (cf. Mt 10,26.28). Somos assim
encorajados a refletir sobre a diferença entre os medos humanos e o temor de
Deus. O medo é uma dimensão natural da vida. As crianças experimentam formas de
medo que são imaginárias, e depois desaparecem; depois surgem outras formas,
que se fundamentam precisamente na realidade: estas devem ser enfrentadas e
superadas com o empenho humano e a confiança em Deus. Mas existe, sobretudo
hoje, uma forma de medo mais profunda, do tipo existencial, que por vezes acaba
em angústia: ele decorre de um sentimento de vazio, amarrado a uma certa
cultura generalizada permeada pelo niilismo teórico e prático.
Caracterizou também a segurança do fiel, do homem que se abandona em Deus:
Ser
"sem temor de Deus", equivale a por-se em seu lugar, a sentir-se patrão do bem
e do mal, da vida e da morte. Mas aqueles que temem a Deus tem em sim mesmos a
segurança que tem a criança nos braços de sua mãe (cf. Sl 130,2): quem teme a
Deus é tranqüilo, ainda em meio a tempestades, porque Deus, como Jesus o
revelou, é um Pai pleno de misericórdia e bondade. Quem ama não tem medo: "No
amor não há medo - escreve o Apóstolo João - pelo contrário, o perfeito amor
lança fora o medo, porque o medo pressupõe um castigo e aquele que tem medo não
é perfeito no amor" (1 Jo 4,18).
"sem temor de Deus", equivale a por-se em seu lugar, a sentir-se patrão do bem
e do mal, da vida e da morte. Mas aqueles que temem a Deus tem em sim mesmos a
segurança que tem a criança nos braços de sua mãe (cf. Sl 130,2): quem teme a
Deus é tranqüilo, ainda em meio a tempestades, porque Deus, como Jesus o
revelou, é um Pai pleno de misericórdia e bondade. Quem ama não tem medo: "No
amor não há medo - escreve o Apóstolo João - pelo contrário, o perfeito amor
lança fora o medo, porque o medo pressupõe um castigo e aquele que tem medo não
é perfeito no amor" (1 Jo 4,18).
Quanto mais crescemos nesta intimidade com Deus, impregnada de amor, mais
facilmente vencemos toda forma de medo. No Evangelho de hoje, Jesus repete
várias vezes a exortação a não ter medo. Nos tranquiliza, como fez com os
Apóstolos, como fez com São Paulo, aparecendo-lhe em um visão noturna, num
momento particularmente difícil de sua pregação: "Não temas - disse ele - pois
estou contigo" (Atos 18,9).
Nenhum comentário:
Postar um comentário