quinta-feira, 26 de junho de 2008

Quem ama não tem medo!


Acredito que o título desta postagem retrate bem as palavras de Bento XVI no Angelus do último dia 22 de junho.

O Papa inicialmente refletiu sobre a diferença entre os medos humanos e o temor de Deus:

Queridos irmãos e irmãs!

no Evangelho deste domingo são dois convites de Jesus: de um lado "não tenhais
medo dos homens"
, e do outro "temei" a Deus (cf. Mt 10,26.28). Somos assim
encorajados a refletir sobre a diferença entre os medos humanos e o temor de
Deus. O medo é uma dimensão natural da vida. As crianças experimentam formas de
medo que são imaginárias, e depois desaparecem; depois surgem outras formas,
que se fundamentam precisamente na realidade: estas devem ser enfrentadas e
superadas com o empenho humano e a confiança em Deus. Mas existe, sobretudo
hoje, uma forma de medo mais profunda, do tipo existencial, que por vezes acaba
em angústia: ele decorre de um sentimento de vazio, amarrado a uma certa
cultura generalizada permeada pelo niilismo teórico e prático.

Caracterizou também a segurança do fiel, do homem que se abandona em Deus:

Ser
"sem temor de Deus", equivale a por-se em seu lugar, a sentir-se patrão do bem
e do mal, da vida e da morte. Mas aqueles que temem a Deus tem em sim mesmos a
segurança que tem a criança nos braços de sua mãe (cf. Sl 130,2): quem teme a
Deus é tranqüilo, ainda em meio a tempestades, porque Deus, como Jesus o
revelou, é um Pai pleno de misericórdia e bondade. Quem ama não tem medo: "No
amor não há medo - escreve o Apóstolo João - pelo contrário, o perfeito amor
lança fora o medo, porque o medo pressupõe um castigo e aquele que tem medo não
é perfeito no amor"
(1 Jo 4,18).

E apontou a oração, a busca da intimidade com Deus, como arma para vencer o medo:


Quanto mais crescemos nesta intimidade com Deus, impregnada de amor, mais
facilmente vencemos toda forma de medo. No Evangelho de hoje, Jesus repete
várias vezes a exortação a não ter medo. Nos tranquiliza, como fez com os
Apóstolos, como fez com São Paulo, aparecendo-lhe em um visão noturna, num
momento particularmente difícil de sua pregação: "Não temas - disse ele - pois
estou contigo"
(Atos 18,9).





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