
Nunca participei de uma JMJ, mas em 1995 o Papa João Paulo II promoveu um encontro de jovens da Europa na Esplanada de Montorso, em
Loreto (o texto desta homilia está em italiano). O Caminho Neocatecumenal levou também jovens da América. E lá estive eu.
Dentre as recordações desta viagem, muitas cenas marcantes. Hospedados em uma cidade próxima, fomos a pé até a esplanada, através de uma estrada pela qual passavam jovens de todo o mundo. Foi impressionante. Íamos cantando. O canto "Quero andar a Jerusalém", ficou-me impresso na memória:
Quero andar, mãããaaaaae, aáááaaahh Jerusalééeeem.
A comer as ervas. E saciar-me delas.
Foram muitas e diferenciadas emoções. A primeira viagem de avião. Roma, onde estivemos vários dias, e assistimos a uma das audiências públicas de João Paulo II nas quartas-feiras, com direito a assentos reservados na Praça de São Pedro. Vi toda a riqueza da Basílica de São Pedro, e por trás de uma porta de vidro o belíssimo túmulo de São Pedro. Visitamos diversas cidades e santuários italianos. Em Florença estivemos na Paróquia São Bartolomeu, em Scandicci, onde Kiko Argüello pintou o que deve ser a 1ª versão de sua célebre "Corona Mistérica".
De Assis ficou uma das imagens mais marcantes. O túmulo de São Francisco. São Francisco está lá, sepultado em uma coluna de pedra. Um túmulo humilde e impactante. Se a visita a um santuário é um encontro com uma presença, lá tive diante de mim a São Francisco, com sua singular e chocante vida na pobreza.
Tivemos um encontro vocacional com os iniciadores do Caminho em Porto San Giorgio, bem perto de Loreto, outro belíssimo lugar. Daquele encontro guardei o que disse Cármen Hernandez. A todos nós que lá estávamos,
Deus chamava a uma grande missão.