Quando chega à Universidade, percebe um ambiente hostil contra tudo o que cheira a catolicismo. Pier Giorgio não hesita em promover atividades espirituais entre os universitários. Arriscando-se ás vezes a mais de um choque violento com grupos intolerantes (estes que se presumiam "liberais", "libertadores comunistas", ou de "patriotas", nas fileiras do fascismo).
No painel de anúncios da Universidade de Turim põe um dia, entre as muitos cartazes e folhetos que falam de festas e diversões, um cartaz convidando os estudantes à oração noturna. Os "anticlericais" decidem intervir para arrancar a "provocação" de Pier Giorgio. Ao chegar, se encontram defronte a um jovem, que defende energicamente o direito de expressar suas próprias convicções. No final o painel cai, completamente destruído, e o anúncio de Pier Giorgio é feito em pedaços...
Além do trabalho com os jovens universitários, Pier Giorgio quer dedicar-se aos mais necessitados, aos pobres, aos enfermos. Encontra também tempo para acompanhar a um sacerdote dominicano que dá catequeses aos meninos de um bairro operário, para defendê-lo dos insultos e agressões de alguns comunistas ameaçadores, e não poucas vezes se chega aos golpes...
Quando o fascismo chega ao apogeu na Itália, Pier Giorgio intui o caráter anti-católico (e anti-humano) da nova ideologia, e não hesita em confrontar-se com os novos inimigos. Fica especialmente irritado ao ver como alguns católicos demonstram sua simpatia aos fascistas. Sua fama de inimigo do novo poder chega a ser conhecida. A tal ponto que, em um domingo, quando Pier Giorgio tem uma refeição em casa com sua mãe, um esquadrão de fascistas entra para destruir tudo. Nosso jovem aparece na sala de visitas, arranca um bastão de um dos agressores e, com o bastão na mão, os obriga a fugir.
É uma vida apaixonante: compromisso social, compromisso político, compromisso militante em numerosas organizações católicas, especialmente nos grupos de universitários católicos. Compromisso, como já dissemos, entre os mais necessitados.
A muitos impressiona ver o filho dos Frassati pelas ruas, com um carro cheio de quinquilharias de gente pobre que busca uma casa, ou quando visita filhos de operários para dar-lhes catequeses. Em sua família têm-no por louco. Quase sempre chega tarde, freqüentemente sem dinheiro. Não duvida em dispensar o ônibus para dar o que lhe resta a quem possa necessitar de uma esmola.
Ressurgindo dentre os mortos
Há 9 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário